A coordenadora da Autoridade Central Administrativa Federal na Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Paraná, Patrícia Lamego, destacou na palestra da Comissão de Educação e Cultura que muitas das crianças que vivem em abrigos no Brasil não estão disponíveis para adoção, pois ainda têm vínculos com suas famílias de origem.
Ela informou que a adoção internacional é o último recurso para colocar a criança em uma família. Antes disso, o Poder Público tenta recolocar a criança em seu lar de origem e, quando isso não é possível, são buscadas famílias dentro do próprio País. Ela ressaltou que o número de crianças adotadas por estrangeiros é pequeno, pois não é prioridade do governo encaminhar crianças para a adoção internacional.
De acordo com Patrícia Lamego, a maioria dos estrangeiros que busca crianças no País é da Itália, Espanha, França e Estados Unidos. Ela disse não haver informação sobre o envio de crianças brasileiras para países que não são signatários da Convenção de Haia [na parte sobre a cooperação em matéria de adoção internacional].
Segundo ela, as crianças adotadas por famílias estrangeiras são, em sua maioria, maiores de cinco anos, compõem grupos de irmãos ou têm problemas de saúde.
Reportagem - Cristiane Bernardes
Reportagem - Cristiane Bernardes
Edição - João Pitella Junior